domingo, 2 de janeiro de 2011

Seu Zé, Pedreiro

Conheci um cara uma vez, o nome dele não me lembro ao certo, mas todo mundo chamava de seu Zé. Ele era pedreiro. Seu Zé é o verdadeiro brasileiro. Fumante inveterado, aos seus 40 anos, carrega sacos e mais sacos de cimento nas costas, trabalha tipo bixo, tem 3 filhos, 1 varão de 17 e 2 gurias gêmeas de 13, trabalha de sol a sol, casado com dona Maria, dona de casa. Moram na periferia de ''Morro Grande''. Os prazeres de seu Zé são poucos, aos 40 anos, ele se preocupa em trabalhar, beber uma gelada nos finais de semana, e toda quinta a noite jogar de ponta esquerda no time de várzea no seu clube local. Seu Zé é magro, tez larga, pele escura do sol, bigode português, voz rouca do cigarro e um pouco de alergia a camarão, coisa que ele nao se preocupa, pois nunca tinha dinheiro para dar-se o luxo de tal iguaria.

Eu perguntava na minha infelicidade o que eu era, o que estava de errado, sempre triste, então conheci seu Zé, e ele é um cara tranquilo resolvido, sem problemas, bebe mas nao é bebado, fuma mas nao tem cancer (ainda), e tentei enteder de onde vem tanta tranquilidade. Da simplicidade.

- A vida é algo maior e superior demais, eu nunca irei entende-la toda, sabe, mas sei que por um motivo estou aqui, e tudo que me é dado eu uso e aproveito a meu favor, e é isso, se você tem a pulga atrás da orelha com a vida, corre atrás guri, descobre o que ela é , e quando descobrir me conte.


É seu Zé, ainda estou ansioso pelo dia que vou ai te explicar tin tin por tin tin o que é a vida.

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